Fiquei surpreso da morte do querido colaborador e irmão, Padre Antônio Cornélio Viana, que foi meu vigário geral, moderador da Cúria Metropolitana de Juiz de Fora, pároco consultor, cura da Catedral e meu conselheiro para todos os momentos.
Padre Viana, como era conhecido por todos nós, chegou em nossa Arquidiocese vindo de Goiás logo conquistou o coração do povo de Bom Jardim de Minas aonde foi um Bom Pastor que conhecendo todas as suas ovelhas demonstrou a delicadeza de uma vida dedicada ao Evangelho.
O grande acerto de meu governo arquidiocesano foi nomear o querido Padre Viana para Cura da Catedral Metropolitana e para o ofício de Vigário Geral da Arquidiocese.
Como os padres gostavam de procurar o Padre Viana para se aconselhar. Como era bom ouvir os conselhos discretos, prudentes e generosos do Padre Viana. Como o seu sorriso e a sua simplicidade, além de seu espírito de profunda generosidade, enriqueciam nossas reuniões do Conselho Presbiteral, do Colégio dos Consultores, do Conselho Arquidiocesano de Pastoral, e toda a vida da Arquidiocese com a sua generosidade e alegria de viver e testemunhar o Evangelho.
Na Catedral Metropolitana coube ao Padre Viana construir e inaugurar o Centro Administrativo e Pastoral. Tudo feito com muita dedicação pensando sempre, em primeiro lugar, na acolhida dos paroquianos.
No último sábado, dia 10 de junho, aos 80 anos, nosso querido Padre Viana, deu a própria a vida com testemunho de fé.
O que mais marcou a nossa relação de verdadeira amizade era contemplar a obediência irrestrita do Padre Viana ao bispo. Sua vida, interrompida inesperadamente, com uma morte tão estúpida, deixando um vazio não só no coração de muitos paroquianos, amigos e que o conheceram e admiraram o seu testemunho evangélico, na própria vida da Arquidiocese que perde um elo fundamental entre o presbitério e o bispo diocesano.
Padre Viana preferiu ficar calado e dar apenas testemunho silente e generoso do que questionar muitas coisas que não estavam em conformidade com o seu jeito de ver a Igreja e de servir ao povo de Deus. A sua morte foi um grito de obediência irrestrita, porque aos 80 anos, já deveria estar descansando e colhendo os frutos de toda a generosidade de sua vida totalmente doada a Deus e aos irmãos e irmãs.
Padre Viana imolou a sua própria vida saindo do Altar da Eucaristia e caminhando para celebrar outra Santa Missa, foi celebrar a glória da Eucaristia permanente do céu.
Obrigado pelo seu testemunho, querido Padre Viana, e que o senhor do céu interceda por nós, pela Arquidiocese, por todos que ainda peregrinam neste mundo!
Obrigado por tudo!
RIP!